Visitantes

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Convivendo com Pragas e Doenças da Bananeira


O Nordeste é a maior região produtora de bananas do Brasil com 39% do total produzido. Além disso, o cultivo da bananeira é de considerável importância sócio-econômica para a região por ser fonte de renda principalmente para pequenos agricultores.
Em Sergipe, os problemas fitossanitários, principalmente relatos da ocorrência do Moko da bananeira em algumas localidades do Baixo São Francisco têm sido um entrave para o crescimento e manutenção das áreas de cultivo.
O Moko da bananeira é causado pela bactéria Ralstonia solanacearum raça 2, considerada uma praga quarentenária A2 com ocorrência nos Estados da região Norte com exceção do Acre e em Sergipe, no Nordeste.
Em Sergipe, os principais sintomas da doença observados nas bananeiras são: maturação desuniforme dos frutos no cacho e escurecimento interno do pseudocaule, engaço e frutos.
A disseminação da bactéria pode ocorrer de diferentes formas, dentre as quais se destacam o uso de ferramentas infectadas, contaminação de raiz para raiz ou do solo para a raiz e por insetos visitadores de inflorescências.
Em Sergipe a doença foi constatada no ano de 1987 e, ainda hoje aparecem focos esporádicos da doença coincidindo com o início das chuvas no Estado, geralmente por volta do mês de março.
O principio de controle do Moko é baseado na erradicação e em práticas quarentenárias que visam prevenir a entrada da bactéria em regiões isentas da doença. Observações da sintomatologia da doença em Sergipe parecem indicar que a transmissão da bactéria ocorre, provavelmente, pela visita de insetos às inflorescências uma vez que há um gradiente de severidade dos sintomas de cima para baixo nas plantas infectadas.
Devido a reincidência da doença, é possível que a bactéria permaneça na área associada a alguma planta hospedeira ou inseto transmissor. Existem mais de 234 espécies de plantas hospedeiras da R. solanacearum descritas na literatura, e a infecção nas mesmas pode ser latente ou sintomática.
Caso estas plantas estejam presentes nas áreas produtoras, serão potenciais fontes de inóculo da bactéria para a cultura de interesse econômico. Isolados da bactéria R. solanacearum raça 2 também têm habilidade de infectar e colonizar a bananeira sem causar sintomas, provavelmente pelos cultivos em locais com condições ambientais distintas.
Diante da importância do Moko para a bananicultura e do escasso conhecimento sobre da doença na região, estudos da população da bactéria e da epidemiologia da doença foram iniciados em 2009, pela Embrapa Tabuleiros Costeiros, juntamente com a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e com o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Ao final deste estudo espera-se obter dados sobre a epidemiologia da doença, fundamentais para o estabelecimento de um programa de erradicação do Moko da bananeira em Sergipe. O controle do Moko utilizando variedades resistentes seria a melhor estratégia a ser empregada, porém até o presente não existem cultivares comerciais resistentes a doença, razão que reforça a aplicação de outras práticas e estratégias de controle baseadas em diferentes investigações.

Fonte: Embrapa Tabuleiros Costeiros

Solo


Solo é um corpo de material inconsolidado, que recobre a superfície terrestre emersa, entre a litosfera e a atmosfera. Os solos são constituídos de proporções e tipos variáveis de minerais, gases, água e matéria orgânica.
É produto do intemperismo sobre um material de origem, cuja transformação se desenvolve em um determinado relevo, clima, bioma e ao longo de um tempo.
O solo, contudo, pode ser visto sobre diferentes ópticas. Para um engenheiro agrônomo, através da edafologia, solo é a camada na qual pode-se desenvolver vida vegetal. Para um engenheiro civil, sob o ponto de vista da mecânica dos solos, solo é um corpo passível de ser escavado, sendo utilizado dessa forma como suporte para construções ou material de construção.
Solos estão constantemente em desenvolvimento, nunca estando estáticos, por mais curto que seja o tempo considerado. Ou seja, desde a escala microscópia, diariamente, há alteração por organismos vivos no solo, da mesma forma que o clima, ao longo de milhares de anos, modifica o solo. Dessa forma, temos solos na maioria recentes, quase nunca ultrapassando idades Terciárias.
Geralmente, o solo é descrito como um corpo tridimensional, podendo ser, porém, ao se considerar o fator tempo, descrito como um sistema de quatro dimensões [1]: tempo, profundidade, largura e comprimento.
Um solo é o produto de uma ação combinada e concomitante de diversos fatores. A maior ou menor intensidade de algum fator pode ser determinante na criação de um ou outro solo. São comumente ditos como fatores da formação de solo [2]: clima, material de origem, organismos, tempo e relevo.

Fonte: Wikipédia

Uva e Vinho


Há diversos tipos de uvas com as quais os vinhos são produzidos. Ao lado do processo utilizado, são elas que definem as características do vinho. Confira as principais:

Cabernet Sauvignon
Responsável pelos grandes tintos de Bordeaux (França), sua terra natal, produz vinhos finos e encorpados. É combinada com outras uvas para amenizar seu bouquet extremamente marcante. A cor é bem escura e profunda.

Merlot
Uva de Bordeaux (França) com a qual se fazem os profundos e redondos Pomerol e Saint-Émilion. Quando vinificada sozinha - sem a utilização de outros tipos de uva -, produz vinhos macios, de boa estrutura, aromáticos e de grande elegância.

Pinot Noir
Única uva a compor os grandes Bourgognes tintos da Côte d'Or (França). É encontrada hoje em todas as regiões vinícolas do mundo, exceto em regiões mais quentes. Sua maior característica é o aroma adocicado e nível de tanino e pigmentação inferior a outras variedades de uva vegetais e minerais. Dá origem a vinhos frescos e elegantes.

Pinotage
Marca registrada da África do Sul, seu aroma característico exibe notas de amêndoas tostadas. Os melhores produtores conseguem elaborar vinhos de longa guarda de excelentes qualidades.

Chardonnay
Uva francesa da Bourgogne, é considerada a melhor para vinho branco fino. É mais ácida no paladar quando usada em Champagne ou no Loire e mais suculenta nos grandes Bourgognes, em que fermenta e amadurece em tonéis de carvalho. A colheita é uma hora crucial para a produção do vinho: ela deve ser colhida no momento certo, pois com o avanço do amadurecimento há a perda de acidez, que é característica necessária para a fabricação destes vinhos.

Gewürztraminer
Variação de uma uva chamada Traminer, ela é responsável por vinhos brancos de grande e intenso aroma, normalmente mais alcoólicos, produzidos na Alsace (França), em versões seca ou doce. Produz vinhos muito doces para acompanhar sobremesas.

Sauvignon Blanc
Uva branca utilizada para confeccionar o Sancerre, do Loire (França), e todos os Bordeaux brancos. Produz vinhos de melhor qualidade em climas frios. Facilmente reconhecida por notas.

Fonte: Fruticulturaverde

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Fertirrigação


A fertirrigação é uma técnica de adubação que utiliza a água de irrigação para levar nutrientes ao solo cultivado. Esta aplicação é feita através do sistema de irrigação mais conveniente à cultura, podendo-se utilizar técnicas como micro-irrigação (por gotejamento ou por micro-aspersão), aspersão (sob pivô central ou convencional), entre outras menos utilizadas. Pode-se aplicar fertilizantes comerciais diluidos em água de irrigação ou certos resíduos orgânicos líquidos, como a vinhaça e efluentes oriundos de alguns tipos de indústria alimentícia. A utilização de efluentes de qualquer natureza é passível de exigência tanto de licenças ambientais quanto de monitoramento ambiental periódico da área. O uso da fertirrigação pelo produtor, em grande parte dos casos, proporciona economia de fertilizantes e de mão-de-obra.
Usos: Na maior parte das vezes, a fertirrigação tem a finalidade de tão somente adubar o solo de uma maneira mais eficiênte, barata e com um grau de precisão maior do que outros métodos de adubação, através da diluição de fertilizantes comerciais (N, P, K) em água de irrigação. Porém, há no Brasil experiências muito bem sucedidas ultilizando-se resíduos industriais em culturas específicas. O que faz da fertirrigação, além de um método de adubação mais racional, uma técnica que permite a reabsorção dos nutrientes não aproveitados nos processos industriais, reduzindo muitas vezes a problemática do tratamento e disposição adequada dos efluentes. Por esse motivo, a fertirrigação pode ser aceita como técnica de tratamento de efluentes orgânicos por infiltração no solo. Tal técnica, desde que bem aplicada e acompanhada de profissionais qualificados, não traz malefícios ao meio ambiente, pelo contrário, estimula uma melhor ciclagem do nitrogênio, fósforo e potássio.

Fonte: Wikipédia

Pinha



Nome popular: anona; pinha; fruta-do-conde; ata; coração-de-boi; cabeça-de-negro; condessa
Nome científico: Annona sp
Família botânica: Annonaceae
Origem: Antilhas

Árvore de tamanho variável, podendo atingir até 7 m de altura de acordo com a espécie. Folhas rígidas, dispostas caracteristicamente intercaladas na posição horizontal ao longo dos ramos. Flores freqüentemente carnosas, de coloração esverdeada ou branco-amarelada. Florescem ao longo de todo o ano.
Globoso ou alongado que contém numerosas sementes presas a uma polpa branca, aquosa, mole, envolvida por uma casca de coloração amarelo-esverdeada, lisa ou recoberta por escamas carnosas. Frutificam durante quase todo o ano.
Propaga-se por sementes ou por garfagem. Prefere clima quente, porém com pouca chuva e estação seca bem definida. Começa a produzir 3 anos após o plantio.
A família das Anonáceas engloba uma grande variedade de frutos e. De maneira geral, as plantas dessa família caracterizam-se por apresentarem folhas simples, dispostas alternadamente em um mesmo plano, ao longo dos ramos e pela semelhança entre seus frutos.
Os frutos, muito conhecidos em todo o mundo e bastante apreciados, têm uma aparência rústica e caracterizam-se por apresentarem a forma de "pinhas" podem possuir formas alongadas ou então arredondadas, mas não perfeitamente; às vezes, dependendo da espécie, têm a forma de um coração. De tamanhos e pesos variadíssimos, podem ser como punhos fechados ou como bolas de rugby. São, por exemplo, a fruta-do-conde (Annona squamosa), a graviola (Annona muricata), o araticum-do-cerrado ou marolo (Annona crassiflora) e os outros muitos araticuns do Brasil.
Segundo Maria do Carmo C. Sanchotene, em língua guarani, araticum significa "fruto mole", que é como esses frutos de aparência áspera e rude ficam ao amadurecer, desmanchando-se facilmente.
Araticum é, também, de fato, a denominação mais comum para as variedades silvestres das Ananáceas por todo o continente americano que fala português. Na América espanhola, por sua vez, a denominação genérica e mais comum para esses frutos é anone ou anona.
A escritora colombiana Clara Inés Olaya oferece uma pista para a compreensão dos motivos que levaram a tais generalizações Segundo ela, os espanhóis teriam provado essas frutas pela primeira vez nas Ilhas do Caribe, assim que aportaram no Novo Mundo, uma vez que são nativas da região. Ali, teriam também rendido o nome anón, palavra da língua indígena taína usada para designar uma determinada variedade de fruta nativa e que, mais tarde, ficou conhecida como "ei manjor blanco de los españoles".
O anón descrito pelos navegantes do século XVI nasce em arvoretas, tem cor verde-escura, textura escamosa e verrugosa, e, quando maduro, ao contrário do que sua aparência pode fazer crer, abre-se em gomos facilmente, bastando, para isso, um leve aperto.
Aberta, a fruta oferece uma polpa suave e cremosa que se desmancha na boca, deixando um sabor bom e perfumado, além de várias pequenas sementes duras, lisas e brilhantes.
Esta descrição corresponde, precisamente, à da Annona squamosa que é, entre todas as Anonáceas, a mais conhecida e a mais facilmente encontrada nas feiras-livres e supermercados brasileiros, embora não seja variedade nativa do país.
De fato, a introdução desta fruta no Brasil tem datas históricas precisas: segundo Pio Corrêa, na Bahia corria o ano de 1626 quando o Conde de Miranda plantou a primeira árvore dessa variedade, e já era 1811 quando um-agrônomo francês introduziu-a no Rio de Janeiro, a pedido do Rei D.João VI. Estima-se, no entanto, que algumas variedades silvestres da fruta, originárias das Antilhas, deslocaram-se também até atingirem a região amazônica, transformando-se em espécies subespontâneas antes mesmo da chegada dos europeus.
Atualmente, no Brasil, em virtude de tantas andanças, o anón espanhol tem vários nomes em português: pode ser ata, no norte e no nordeste do país, no interior de São Paulo e em Minas Gerais; pode ser araticum, no Rio Grande do Sul; ou, então, I na Bahia, pode ser fruta-do-conde ou pinha.
Como ata, pinha ou fruta-do-conde, ela é, atualmente, cultivada por todo o país. De sabor delicioso e típico, a pinha é basicamente consumida in natura, mas sua polpa presta-se muito bem como ingrediente no preparo de refrescos e sucos.
Ainda no século XVI, à medida que os homens europeus foram conquistando as novas terras e que se embrenhavam no continente as novas terras e que se embrenhavam no continente americano, encontraram outras variedades de frutas similares. Muito parecidas entre si, segundo Clara Inés Olaya, essas frutas foram designadas pelos conquistadores pelo mesmo nome anón, sem se respeitarem nem reconhecerem as diferentes denominações que os povos indígenas lhes atribuíam. E possível imaginar que fatos semelhantes tenham ocorrido com vários dos araticuns brasileiros.
Entre todas as frutas conhecidas em nosso planeta, não há família mais complicada que a das Anonáceas, do ponto de vista das muitas variedades existentes, das semelhanças entre os frutos e das diferentes denominações populares que lhe foram atribuídas ao longo do tempo, na história.
O araticum-do-cerrado (Annona crassiflora) é mais um deles. Com esse nome ele é conhecido na região central do Brasil, nos cerrados que ele carrega no nome. Como marolo, é conhecido por todo o sul de Minas Gerais, onde é nativo e espontâneo nos enclaves de campos cerrados existentes na região.
Basicamente, com relação à qualidade da polpa, distinguem-se dois tipos de frutos assim denominados: o araticum de polpa rosada, mais doce e mais macio, e o de polpa amarelada, não muito macio e um pouco ácido. Em ambos os casos, o processo de obtenção da polpa, que pode ser congelada, é semelhante, sendo lento, manual e de pouco rendimento.
Com um ou outro nome, esse fruto de grande tamanho é bastante conhecido e consumido pelas populações locais, sendo comercializado nas feiras e, especialmente, nas beiras de estrada na época de sua frutificação.
Entre as frutas nativas brasileiras que não se transformaram em espécies cultivadas, o araticum-do-cerrado é uma das que apresenta o maior índice de aproveitamento culinário. Além do consumo in natura, são inúmeras as receitas de doces e bebidas que levam o sabor perfumado e forte de sua polpa, acrescida, muitas vezes, pelos sabores de outras frutas: batidas, licores, refrescos, bolachas, bolos, sorvetes, cremes, geléias, gelatinas, compotas, quindim, docinhos, doces-de-coco, doces-de-leite, etc.

Fonte: www.bibvirt.futuro.usp.br

Cinco frutas que ajudam a emagrecer


A ingestão de (no mínimo), três porções de frutas todos os dias. Suprindo as necessidades nutricionais do organismo sem exceder o consumo de calorias. A nutricionista Maria Cecília Corsi lista as frutas com a melhor combinação de qualidade de fibras, baixo teor calórico e potencial hídrico. Ajudará a pessoa a emagrecer e no controle do peso.

Maçã - Possui vitamina C e pectina, essas substâncias é importante para aujudar a regular os níveis de colesterol. Também é rica em fibras. Sendo suculenta o bastante para saciar a fome e possui somente 58 calorias a cada 100 gramas.

Banana - Possui carboidratos ajudando aquelas pessoas mais agitadas que gostam de malhar, vive correndo no trabalho, repondo a perda energética causada pelos exercícios. Ajuda a evitar caimbras. Doce e saborosa, essa fruta tropical rende uma deliciosa sobremesa quando grelhada ou assada no forno. Uma banana média possui 60 calorias, só não pode colocar caldas ou outros acompanhamentos, como: creme de leite, calda de açúcar e outros.

Manga – Possui muita Fibra. Recheada de vitamina C, pró-vitamina A, magnésio e zinco, a manga ajuda a manter o equilíbrio hídrico e pode facilmente substituir as bebidas isotônicas, contanto que você mantenha a ingestão regular de água.

Melão – Com apenas 25 calorias em cada porção de 100 gramas, o melão tem tantos nutrientes que é considerado um alimento funcional. Entre suas qualidades está o poder antioxidante. Combinado a uma colher de queijo cottage torna-se um excelente lanche pós-malhação

Abacate – Sim, ele está em nossa lista. Isso porque, segundo a nutricionista Cecília Corsi, essa fruta sempre vista com olhares suspeitos tem gorduras que ajudam a diminuir os níveis do colesterol ruim e ainda protege o coração, um dos grandes alvos do sobrepeso. Por ser calórica (100 gramas têm 162 calorias), o ideal é que a fruta seja consumida uma vez por semana

Existem outras opções na ajuda do controle e perda de peso, como: Emagreça com água e sumo de limão e Ração humana ajuda a emagrecer.

Fonte: Abril

Goiaba reduz colesterol e ajuda no emagrecimento


Seu aroma inconfundível faz com que seja facilmente identificada, seja na feira, no varejão, no supermercado ou mesmo na rua. Encontrada em qualquer época do ano, a goiaba é uma fruta muito saudável, saborosa e versátil. Pode ser consumida ao natural ou em sucos, doces e geléias.
Originária da América Central e do Sul, a fruta possui alto valor nutritivo, pois contém grande quantidade de vitamina A, B1, C, cálcio, fósforo, ferro e fibras solúveis.
Apresenta formatos diferentes, coloração da casca verde-amarela variável conforme a maturação do fruto. A cor da polpa também varia, podendo ser branca, rosada ou vermelha e interior preenchido por sementes.

PROPRIEDADES MEDICINAIS

A goiaba é um fruto de alto benefício ao organismo, pois além de não conter muito açúcar, gordura e calorias, auxilia no combate a infecções e hemorragias. Também fortifica os ossos, os dentes e o músculo cardíaco, melhora a cicatrização e o aspecto da pele, retardando o envelhecimento, regula o aparelho digestivo, o sistema nervoso e dá maior resistência física. Porém, deve ser evitada por pessoas que tenham o aparelho digestivo delicado ou apresentam intestino preso.
A espécie de polpa vermelha é benéfica na redução do colesterol e da pressão sangüínea. Isso acontece porque a fruta é rica em licopeno e em fibras solúveis. Este tipo de fibra possui a capacidade de se ligar aos ácidos biliares interferindo na absorção de gorduras. Ingerir um pedaço de goiaba vermelha por dia pode reduzir consideravelmente os níveis de pressão arterial, do colesterol e triglicérides.
Achou a goiaba demais? Pois além de todas essas vantagens, a fruta ainda possui baixas calorias. Uma unidade com 100 gramas, por exemplo, tem pelo menos 57 calorias. Até o famoso Romeu & Julieta é uma opção de sobremesa mais light. A clássica combinação de goiabada (30 gramas) com uma fatia de 25 gramas de queijo prato soma apenas 171 calorias.

Data Edição: 31/10/08
Fonte: O Liberal - Saúde

terça-feira, 27 de abril de 2010

Cultura do coqueiro


O coqueiro é uma planta monocotiledonea, da família Palmae, conhecido como Cocus nucífera, L.

Planta arbórea, altura em torno de 25m. (coqueiro gigante) copa densa e elegante. Raiz fasciculada (vai a 1,8m. para lados e até 0,6m. para baixo), caule indiviso chamado estipe ou espique, com tufo de folhas (30-35) bem verdes na extremidade. Folha constituída de pecíolo curto e por vários pseudo - folíolos, com 6m. de comprimento e 1-2 anos de vida; inflorescencia axilar em forma cacho com flores femininas globosas. A planta é monóica (órgãos masculinos e femininos na mesma planta). Fruto é drupa com casca (epiderme) lisa, camada fibrosa (mesocarpo) e parte dura (endocarpo). Na sua parte interna encontra-se a amêndoa e a "água-de-coco". O fruto também é conhecido como noz-semente, semente. As variedades de coqueiro são: gigante - também chamado de típico, é predominante, tem grande altura, polinização cruzada, fruto verde, cocos destinados à industrialização; anão - representado por tipos com frutos verdes, vermelhos e amarelos, tem autofecundação e frutos destinados ao consumo da água-de-coco e híbrido - proveniente do cruzamento natural ou artificial gigante x anão, não tem informações conclusivas sobre seu material.
Cultivado em mais de 80 países tropicais o coqueiro oferece mais de 360 modalidades diferentes de aproveitamento com 200 deles constituindo-se em alimentos (água-de-coco, coco ralado, leite de coco, doce, sorvete, outros). População, indústrias e fabricas são atendidas pelas modalidades. Dentre os usos do coqueiro destacam-se segundo o órgão: raízes: fabricação de balaios; caule: lenho de indivíduos idosos para marcenaria e ornamentação, esteios, pisos de pontes, jangada mourões, palmito (broto terminal comestível); folha: como forragem (folhas novas), matéria para balaios, esteiras, peneiras, chapéus; fruto: fibras para cordas, tapetes, escovas, amêndoa para copra, para alimentos, para sabões, óleos, farinhas, leite de coco e água de coco. Em alguns países bebe-se a seiva da inflorescencia (toddy).

O coco gigante seco é adquirido por intermediários para consumo como coco seco para culinária ou para indústrias; o coco verde (anão) é levado para consumo in natura. Cidades grandes e de porte médio da Bahia (Feira de Santana, Juazeiro, Itabuna, Vitória da Conquista) e agroindústrias (Sergipe, Alagoas, outras) de transformação (grande mercado) são destino do produto.

O albumen do coco, tem seguinte composição: água (46%), substâncias albuminoides (5,41%), óleos (35,9%), substâncias azotadas (8,06%), celulose (2,9%), cinzas (0,97%).
O coqueiro é típico de regiões quentes, úmidas e ensolaradas; a água é o fator mais importante para o coqueiro e depois temperatura e radiação solar.

Chuvas: precipitação média anual superior a 1.600mm. ( ótimo entre 1.700 e 2.200mm.) com mínimo de 130 mm./mensais (ótimo em 150mm.). Em locais com chuvas abaixo de 1.000mm./ano lançar mão da irrigação.

Temperatura: o coqueiro requer temperatura média anual acima de 22ºC. Ótimo em 27-28ºC; temperatura elevada com baixa umidade é condição danosa para a planta.

Luminosidade: a radiação solar ou insolação acima de 2.000 horas/ano é ideal para o coqueiro; 1.800 horas/ano já é nível critico.

Umidade relativa do ar: o coqueiro exige saturação do ar igual ou superior a 80% sem ultrapassar 90% as mínimas mensais não devem cair abaixo de 60%.

Ventos: se excessivos podem tombar a planta; além de influenciar na evapo-transpiração o vento desempenha papel importante na polinização do coqueiro.

Obs: em relação a altitude a planta encontra seus limites (comercialmente) aos 600 metros.
O coqueiro exige solos profundos (profundidade efetiva entre 1 e 2m.), é tolerante a solos arenosos, argilosos e silico-argilosos, requer solos bem drenados, com lençol freático entre 1 a 4m. de profundidade, com fertilidade média a alta, ricos em matéria orgânica, potássio, fósforo, cálcio e magnésio e com pH entre 6,0 e 6,5.

A planta é tolerante, ligeiramente, à presença de sais solúveis e de sódio no solo.

Os terrenos para coqueirais devem ser planos a ligeiramente ondulados (até 3%).
Planta matriz: fornece a noz semente. Deve ser vigorosa, ereta, com copa verde intenso, idade entre 15 e 30 anos, com bom número de folhas e sem pragas. A semente deve ter 11 a 12 meses de idade, pesada, arredondada, casca sem indícios de pragas, deve descansar de 10 a 21 dias após colhida.

Germinador: canteiro com 15cm. profundidade, 1 a 2m. de largura por comprimento variável (irrigação). As nozes devem receber entalhe na protuberância mais alta do lado que se prende à infloescencia; entalhadas as nozes são colocadas lado a lado, com entalhe para cima e para a mesma direção. Cada m2 de canteiro recebe 22 a 24 nozes. A irrigação deve proporcionar 6 a 7mm./dia ( 6 a 7l/m2 /dia).

Viveiro: como no germinador o terreno é arado gradeado e limpo convenientemente; quando a plantinha da noz alcançar 15cm. de altura deve-se fazer a repicagem para viveiro em terra firme ou em sacolas plásticas. Deve selecionar mudas com um só broto (reto, na vertical) forte, bem fixado na casca; rejeitar nozes com brotos raquíticos, duplos ou triplos, retorcidos, esbranquiçados. Retira-se a muda do germinador (com gancho de ferro) e corta-se as raízes a 1-2cm. da casca. Situado próximo ao germinador o viveiro deve receber 60% das mudas germinadas.

Viveiro em terra firme: deve ter solo escarificado, com matéria orgânica ou pó-de-serra incorporado (facilitar arranquio); evitar solos ácidos ou com muito alumínio. Mudas que permanecerão 6 meses são plantadas no espaçamento de 60cm. x 60cm. em triângulo equilátero; as que permanecerão de 7 a 9 meses o espaçamento será de 80cm. x 80cm. em triângulo. A irrigação será de 10l/m2 (até 2 meses), 12l/m2//dia (2-4 meses), 14l/ m2//dia (4 a 6 meses) e 16l/ m2//dia de 6 meses em diante. Pode-se regar em dias alternados.

Viveiro em sacolas: os sacos devem ser de polietileno preto, com 0,2mm. de espessura, dimensões de 40cm. x 40cm. (anão), a 50cm. x 50cm. (gigante) e furos no terço inferior (3 fileiras espaçadas de 5cm.). Os sacos são cheios até 2/3 de sua capacidade, com terra peneirada de superfície com matéria orgânica (10 litros); coloca-se o material proveniente do germinador e completa-se o enchimento do saco. O espaçamento é igual ao do viveiro terra firme.

Controle de ervas dentro e ao redor (10m.) da área do viveiro, a proteção fitossanitária é feita utilizando-se os químicos carbaryl 85 M, paratiom 60 E, dimetoado 50 E, mancozeb,. Se aparecer podridão do olho queimar plantas doentes e aplicar TEMIK 10 g na área.

Um mês após repicagem efetuar adubação em cobertura com mistura de uréia ( 1 parte), superfosfato simples (2 partes) e cloreto de potássio (3 partes) aplicando 18g. (planta 1 mês), 24g. (2 meses), 30g. (3 meses), 36g. (4 meses), 36g. (a partir de 5 meses). O adubo é colocado ao redor da noz incorporado à terra de superfície e procede-se a uma irrigação.
Proveniente do viveiro a muda ideal deve ter 1m. de altura (da noz à folha mais nova aberta em posição normal), com 5 a 7 folhas vivas, coleto com 15-18cm. de circunferência, a planta livre de pragas e doenças. Entre a retirada da muda do viveiro e o plantio não deve permear muito tempo; a muda de raiz viva deve estar abrigada, sob sombra, nesse período.

Os espaçamentos, com traçado de triângulo equilátero , indicados são 9,0m. x 9,0m. (143 plantas para o gigante), 8,5m. x 8,5m. (160 plantas / ha para o híbrido) e 7,5m. x 7,5m. (204 plantas / ha para o anão). As covas podem ter dimensões de 0,8m. x 0,8m, x 0,8m. (ou 0,6m. x 0,6m. x 0,6m.) para coqueiro anão e 1,0m. x 1,0m. x 1,0m. para coqueiro gigante.

Do fundo para a superfície enche-se a cova com casca de coco (voltada para cima) com altura de 30cm., segue-se camada de 20cm. de mistura de terra de superfície e matéria orgânica (15l. de esterco curral ou 3Kg. de torta de mamona), 800 gramas de superfósfato simples e por fim terra de superfície.

No ato do plantio se a muda tiver raiz longa deve ser podada, centraliza-se a muda na cova, deixando-se a parte externa do coleto (início do caule) voltada para os ventos dominantes. O coleto deve ficar ao nível do solo e a terra ao redor da muda deve ser bem socada mantendo-o na posição vertical. Deve-se colocar terra sobre a noz somente para recobri-la sem que o coleto fique enterrado.Em seguida irriga-se a cova com 15 litros de água e cobre-se em volta da noz, com cobertura morta num raio de 80cm.

Obs.: Se a análise do solo recomendar calagem o calcário deve ser colocado no fundo da cova.

Fonte: seagri.ba.gov.br

Irrigação


Irrigação é uma técnica utilizada na agricultura que tem por objetivo o fornecimento controlado de água para as plantas em quantidade suficiente e no momento certo, assegurando a produtividade e a sobrevivência da plantação. Complementa a precipitação natural, e em certos casos, enriquece o solo com a deposição de elementos fertilizantes.
Método de irrigação é a forma pela qual a água pode ser aplicada às culturas. Os principais métodos são os seguintes:
Regadio:
"Escorrimento"(também chamado de gravidade) - a partir de regos ou canais, onde a água desliza, sendo o seu excesso recolhido por uma vala coletora;
"Submersão" - utilizado em terrenos planos;
"Infiltração" - Utilizando sulcos abertos entre as fileiras de plantas;
"Aspersão - A água cai no terreno de forma semelhante à chuva(é distribuída de modo uniforme).
(pivot: Tomada central de água giratória com aspersores ou microjactos.)
(gota-a-gota: a água sai por pequenos gotejadores junto aos pés das plantas)
Sequeiro: As plantas desenvolvem-se com água da chuva, não havendo recurso a rega.
Cada método tem um ou mais sistemas associados, pelo que a escolha do mais adequado depende de diversos fatores, tais como a topografia (declividade do terreno), o tipo de solo (taxa de infiltração), a cultura (sensibilidade da cultura ao molhamento) e o clima (frequência e quantidade de precipitações, temperatura e efeitos do vento). Além disso, a vazão e o volume total de água disponível durante o ciclo da cultura devem ser analisados.
A eficiência de um sistema de irrigação refere-se à percentagem de água de fato absorvida pela planta.
Gotejamento
Nesse sistema, a água é levada sob pressão por tubos, até ser aplicada ao solo através de emissores diretamente sobre a zona da raiz da planta, em alta frequência e baixa intensidade. Possui uma eficiência na ordem de 90%. Tem no entanto um elevado custo de implantação. É utilizado majoritariamente em culturas perenes e em fruticultura, embora também seja usado por produtores de hortaliças e flores, em especial pela reduzida necessidade de água, comparado aos demais sistemas de irrigação. Pode ser instalado à superfície ou enterrado, embora esta decisão deva ser tomada analisando-se criteriosamente a cultura a ser irrigada.
Aspersão convencional
Nos métodos de aspersão, são lançados jatos de água ao ar que caem sobre a cultura na forma de chuva. Existem sistemas inteiramente móveis, com a mudança de todos os seus componentes até os totalmente automatizados (fixos). No método convencional, a linha principal é fixa e as laterais são móveis. Requer menor investimento de capital, mas exige mão-de-obra intensa, devido às mudanças da tubulação (tubagem em Portugal). Uma alternativa extremamente interessante que tem sido utilizada pelos agricultores irrigantes é uma modificação na aspersão convencional, a chamada aspersão em malha, onde as linhas principais, de derivação e laterais ficam fixas, sendo móveis somente os aspersores. Esse tipo de sistema tem sido bastante utilizado no Brasil principalmente para a irrigação de pastagem, cana-de-açúcar e café.
Microaspersão
A microaspersão possui uma eficiência maior que a aspersão convencional (90%), sendo muito utilizada para a irrigação de culturas perenes. Também é considerada irrigação localizada, porém, a vazão dos emissores (chamados microaspersores) é maior que a dos gotejadores.
Pivô central
Pivô irrigando uma plantação de feijão em Avaré (Brasil).
O sistema consiste basicamente de uma tubulação (ou tubagem) metálica onde são instalados os aspersores. A tubulação que recebe a água de um dispositivo central sob pressão, chamado de ponto do pivô, se apóia em torres metálicas triangulares, montadas sobre rodas, geralmente com pneu. As torres movem-se continuamente acionadas por dispositivos elétricos ou hidráulicos, descrevendo movimentos concêntricos ao redor do ponto do pivô. O movimento da última torre inicia uma reação de avanço em cadeia de forma progressiva para o centro. Em geral, os pivôs são instalados para irrigar áreas de 50 a 130 ha, sendo o custo por área mais baixo à medida em que o equipamento aumenta de tamanho. Para otimizar o uso do equipamento, é conveniente além da aplicação de água, aproveitar a estrutura hidráulica para a aplicação de fertilizantes, inseticidas e fungicidas.
Canhão hidráulico
Em geral, o aspersor de grande porte (denominado canhão) é manobrado manualmente. Por aplicar água a grandes distâncias, a eficiência do canhão é prejudicada pelo vento, sendo a sua indicação vetada para regiões com alta incidência de ventos. É geralmente utilizado em lavouras de cana-de-açúcar, para irrigação e distribuição de dejetos (vinhaça).
Sulco
Usa o método de irrigação por superfície. A distribuição da água se dá por gravidade através da superfície do solo. Tem menor custo fixo e operacional, e consome menos energia que os métodos por aspersão. É o método ideal para cultivos em fileiras. Deve ser feito em áreas planas. Exige investimento a mão-de-obra. Possui baixa eficiência, em torno de 30 a 40% no máximo. Atualmente, devido a escassez de água no mundo e problemas ambientais, inclusive para a irrigação, esse método tem recebido várias críticas devido a baixa eficiência conseguida.
Subirrigação
O lençol freático é mantido a certa profundidade, capaz de permitir um fluxo de água adequado à zona radicular da planta. É comumente associado a um sistema de drenagem subsuperficial. Em condições satisfatórias, pode ser o método de menor custo.

Fonte: wikipedia.org

Cultura da Acerola


Introdução

Nos últimos anos, o cultivo da acerola (Malpighia punicifolia Linn.), vem se destacando no Brasil, principalmente pela adaptação da planta ao clima tropical e subtropical.
Em vista sua origem tropical, a planta se adapta muito bem às condições climáticas do norte e nordeste do Brasil; sua cultura tem apresentado possibilidades de cultivo, mesmo nas regiões de latitudes mais elevadas, resultando na sua exploração em todos os estados brasileiros.
Por muito tempo, essa “cereja tropical”nascida nas Antilhas permaneceu florescendo e frutificando em terras americanas, sem provocar maiores atenções. O interesse pela acerola e os estudos sobre suas potencialidades econômicas, no entanto, só foram despertados a partir dos anos 40, quando cientistas porto–riquenhos encontraram na fruta, altos teores de ácido ascórbico, ou seja, vitamina C, seu índice chega a ser cem vezes superior das frutas cítricas ou dez vezes maior que o da goiaba, tidas como as frutas de maior alto conteúdo de vitamina C, e como se sabe esta vitamina é uma das mais importantes para o homem, usada pela medicina moderna para tratamento ou prevenção de mais de quarenta doenças diferentes. Tratada como segredo de estado a pequena fruta foi trazida ao Brasil, no ano de 1956 e graças ao trabalho desenvolvido pelo Departamento de Agronomia da (Universidade Federal Rural de Pernambuco UFRPE,1984), foram plantadas 245 sementes e apenas 10 germinaram e se transformaram em plantas produtivas, nos anos 80 a UFRPE patrocinou e desenvolveu uma campanha de conscientização sobre os valores nutricionais da acerola, e suas possibilidades de uso. É provável que a maior parte das mudas plantadas no Brasil, tenham sido geradas a partir daquelas primeiras matrizes.
Muita gente denomina a acerola ou cereja–das–antilhas de cereja do Pará, o que é incorreto. É que os colonizadores portugueses, chegando ao Pará, encontraram ali a Britoa triflora, que os nossos índios chamavam de ibabirapa e, em sua semelhança com a cereja-da-europa, denominada em Portugal de ginja ou jinja, designaram-na simplesmente cereja-do-pará.
Com um agradável aroma e sabor, aceita pela maioria dos consumidores, pela precocidade de produção e sua riqueza em vitamina C, a acerola vem despertando grande interesse por parte dos consumidores, produtores, indústrias e exportadores dentro da fruticultura nacional e mundial.
Embora a acerola tenha grande possibilidade de produção no Brasil, ela representa problema na fase de comercialização dos frutos pela sua grande sensibilidade depois de maduros, deteriorando-se em poucos dias.
É importante salientar que, ao contrário da maioria das nossas frutas de exportação, a acerola registra um índice ascendente de consumo no mercado interno, e verifica-se possibilidade real e potencial, de o Brasil conquistar e ampliar sua pauta de exportação com a acerola. Nesse contexto, o cultivo dessa fruta se destaca como uma alternativa agrícola real.





Aspectos botânicos, florescimento e frutificação.

Quando começaram os estudos da classificação botânica da aceroleira de acordo com Simão (1971), causou grande confusão, sendo inicialmente denominadas de Malpighia punicifolia e Malpighia glabra. Informa esse autor que o nome Malpighia, foi dado em honra do fisiologista italiano Marcello Malphigi, um dos pesquisadores que fez uso do microscópio para estudar estruturas animais e vegetais. A classificação da acerola despertou o interesse de taxonomistas de Porto Rico, que chegaram à conclusão que a cereja das Antilhas é uma planta híbrida de Malpighia punicifolia e Malpighia glabra (Simão, 1971).
Em 1753, a acerola foi classificada por Linaeus, citado por Argles (1976), como Malpighia glabra. Poucos anos depois, em 1762, o mesmo botânico deu o nome de Malpighia punicifolia a uma espécie similar ou idêntica.
Ainda de acordo com Argles (1976), o Dictionari of Gardening da Real Sociedade de Horticultura listou separadamente as duas espécies, descrevendo a M. glabra como uma árvore pequena, medindo cerca de cinco metros de altura, e a M. punicifolia (sonômino de M. biflora) como uma arbusto de 2,4metros de altura. Moscoso citado por Argles (1976), informa que em Porto Rico os botânicos preferem designar a aceroleira como Malpighia punicifolia. Alguns sugerem que a Barbados cherry, a acerola cultivada nesse país, pode de fato ser um híbrido das espécies mencionadas.
Asenjo, citado por Alves (1992), informou que novos estudos haviam permitido concluir que Malpighia glabra L. e Malpighia punicifolia L. são sinônimos, embora se apliquem a uma espécie diferente de acerola. Informou por outro lado, que seu nome correto é Malpighia emarginata Dc.
Ruehle, citado por Simão (1971), esclarece que Malpighia glabra L. é um arbusto de tamanho médio, com 2 a 3 metros de altura. Possui ramos densos e espalhados, folhas opostas, com pecíolo curto, ovaladas e elíptico-lanceoladas, medindo entre 2,5 e 7,45 cm. A base e principalmente o ápice das folhas são agudos, de coloração verde-escuro brilhante na superfície superior e verde-pálido na superfície inferior.
O gênero Malpighia inclui cerca de 30 a 40 espécies de arbustos e pequenas árvores, todas elas encontradas em estado nativo nas Antilhas. Em Cuba estão presentes aproximadamente 20 espécies de Malpighia; em Porto Rico existem apenas seis, duas das quais são endêmicas (International Bord Plant GeneticResources, 1986). Ledin (1958) informa que o gênero Malpighia inclui apenas 15 a 20 espécies importantes.
De acordo com Asenjo (1959), há contradição no que respeita à espécie a que pertence a aceroleira cultivada em Porto Rico, uma vez que para muitos botânicos Malpighia punicifolia e Malpighia glabra não são espécies distintas, mas sim formas botânicas diferentes da mesma espécie. Asenjo menciona ainda que segundo Williams, um botânico da Guatemala, a acerola encontrada em Porto Rico é uma forma atípica de Malpighia punicifolia; Ledin (1958) acrescenta que o nome correto é Malpighia glabra. A denominação mais comum em Porto Rico, entretanto, é Malpigia punicifolia.
Uma vez que os pomares de acerola existentes no Brasil são oriundos de Porto Rico, acredita-se que sejam formados, essencialmente, a partir de Malpighia glabra e/ou Malpighia punicifolia. É importante assinalar que em pomares implantados na região do Submédio São Francisco existem plantas glabras que não produzem irritação na pele durante a colheita. Outras, entretanto, causam forte irritação quando em contato com a pele humana, devido à presença de pêlos nas folhas. Esta observação reforça a hipótese da existência, no Submédio São Francisco, de Malpighia glabra e Malpighia punicifolia.
De acordo com Ruehle, citado por Simão (1971), as inflorescências da aceroleira acham-se dispostas em pequenas cimeiras axilares, pedunculadas, com três a cinco flores perfeitas, medindo 1 a 2cm de diâmetro. Sua coloração evolui do rosa-esbranquiçado ao vermelho. O cálice possui entre seis e dez sépalas sésseis; a corola compõe-se de cinco pétalas franjadas, ou irregularmente dentadas, apresentando dez estames perfeitos.
As flores surgem sempre após um surto de crescimento vegetativo. Podem tanto originar-se na axila das folhas dos ramos maduros em crescimento como nas axilas das folhas do ramo recém-brotados.
Segundo Simão (1971), foram realizados estudos sobre a receptividade do estigma e sobre a deiscência da antera. Ficou caracterizada a não ocorrência de dicogamia e a ocorrência de dicogamia e a ocorrência tanto de autopolinização como de polinização cruzada. Para esse autor, tudo indica que a polinização cruzada responde, em alguns casos, pelo maior tamanho do fruto.
Na observação de áreas de plantio comercial tem-se constatado a presença persistente e contínua de abelhas sobre as folhas abertas, o que pode iniciar ser este inseto um polinizador eficiente para a cereja das Antilhas. Algumas espécies de Malpighia polinizadas por abelhas, entre as quais a M. emarginata, respondem com uma alta taxa de frutificação efetiva (International Board Plant Genetic Resources, 1986).
Os frutos da aceroleira são drupas de forma bastante variável. Há frutos arredondados, ovalados ou mesmo cônicos. Sua cor, quando maduros, pode ser vermelha, roxa e amarela. Está característica é muito importante, pois a indústria de processamento, que prefere os frutos de coloração vermelha, descarta os verdes ou amarelados. Constata-se também que as acerolas crescem isoladas ou em cachos de dois ou mais frutos, sempre na axilas das folhas.
Os frutos da aceroleira são pequenos; seu peso varia de 3 a 16 gramas, em função basicamente do potencial genético da planta e das condições do cultivo. Em geral, o tamanho dos frutos que crescem isolados é maior que o dos que formam cacho. Segundo Arostegui e Pennock (1955), a acerola apresenta um conteúdo médio de vitamina C de aproximadamente 2% e um rendimento médio de suco entre 59 e 73% do seu peso.
Arostegiu e outros (1955) destacaram que o teor de vitamina C do futuro pode ainda variar em função da época da colheita. Campillo e Asenjo (1957) informam, por sua vez que o teor de ácido ascórbico da acerola decresce a medida que esta vai amadurecendo.
A formação do fruto ocorre muito rapidamente. Constatou-se no Submédio São Francisco que o tempo decorrido entre o florescimento e a colheita é de aproximadamente três a quatro semanas. Este conhecimento é da maior importância para o produtor de acerola, que pode assim programar, com maior perspectiva de acerto, suas atividades de colheita e comercialização da fruta nos mercados interno e externo.
Em geral, as acerolas apresentam três sementes por fruto. Cada semente está inserida num caroço reticulado e mais ou menos trilobado (Simão, 1971). É bastante comum que algumas sementes sejam inviáveis, em virtude do abortamento do embrião, que responde pelo baixo índice de germinação constatado.
De acordo com Batista e outros (1989) e Simão (1971), a acerola ou cereja das Antilhas produz de três a quatro safras por ano. A observação direta de pomares irrigados da região do Submédio São Francisco confirma, entretanto, a possibilidade de produção contínua durante quase todo o ano. Almeida e Araújo (1992) informam que, se receber irrigação e tratos culturais adequados, a aceroleira pode produzir quatro a seis floradas por ano. Esse comportamento se deve basicamente às condições de clima associadas à prática da irrigação, que ao favorecerem vários surtos de crescimento propiciam também a floração e frutificação quase contínua. É importante que a planta seja adequadamente suprida de nutrientes essenciais, sobretudo nitrogênio, e de água após uma floração, pois é comum o abortamento de flores submetidas a condições adversas.

Importâncias Econômica, alimentar e social

O cultivo da acerola vem acentuando de forma persistente e tem despertado interesse entre os produtores e consumidores brasileiros ou estrangeiros, tanto em natura ou outros sub produtos industriais.
A importância econômica da acerola nas estatísticas é prejudicada pelo fato de que exploração comercial é em escala recente, há pouca informação a seu respeito.
É fácil compreender, a sua grande importância econômica real e potencial, em termos de exportação.
Uma vez que conquistou europeus, japoneses e norte-americanos a acerola será um produto de peso na pauta exportação. No Brasil uma empresa baiana exporta anualmente 85% da sua produção, o equivalente a 1.500 toneladas de polpa (Lucas, 1993).
A exportação da fruta e do suco congelados de acerola são promissores. No Japão, segundo Genthon (1992), o valor dos sucos cultivados sem a aplicação de pesticidas, é 50% maior que ao similares que são usados agrotóxicos. As condições ecológicas das áreas irrigadas do Nordeste, onde o cultivo da acerola é reduzido o emprego de pesticidas permitirão ao Brasil atingir o mercado japonês para exportação.
No Brasil alguns estados já exportam acerola sob a forma de suco, polpa ou fruta congelada para Holanda e o Japão, alem de explorarem o mercado interno. Vaz, citado por Alves (1992), informa que o Japão pretende importar o equivalente a US$ 30 milhões em suco concentrado, polpa e fruta em natura. A produção brasileira de acerola ainda é suficiente para atender a essa demanda.

Importância Alimentar e Social
Estudada desde 1946 por diversos pesquisadores, dentre eles Asenjo (1959) e Sena e Pereira (1984), como uma rica fonte de vitamina C, o consumo da acerola deve ser incentivado pois possui grande valor nutricional e medicinal.
Além do alto teor de vitamina C, estão presentes em sua composição doses expressivas de vitamina A, ferro e cálcio. A acerola contém ainda, de acordo com Ledim (1958), tiamina, riboflavina e niacina, além de ferro, cálcio e fósforo, necessário às funções vitais do homem.
Por ter um alto teor de vitamina C, conclui-se que a acerola pode desempenhar um papel importante na alimentação das pessoas.
A acerola é caracterizada de mão-de-obra intensiva, principalmente nas etapas de colheita e classificação dos frutos. Tratando-se de uma fruteira cuja produção nas áreas irrigadas é quase ininterrupta, seu cultivo requer maior contingência de mão-de-obra.
O cultivo da acerola nos projetos irrigados do Nordeste é de suma importância social, para o pequeno fruticultor que terá o fluxo de caixa quase contínuo. Este aspectos e importante, uma vez que o pequeno fruticultor em geral não dispõe de capital de giro.

Variedades

A acerola é conhecida no Brasil há mais de 50 anos, mas seu cultivo em escala comercial é recente. No Nordeste a área plantada, na maior parte foi instalada sem que fosse necessário conhecimentos tecnológicos sobre as diversas variedades de aceroleiras. Em quase todos os pomares pode ser observado uma escala acentuada de formas e tipos de plantas, e isso tem causado muitas dificuldades aos produtores de acerola, uma vez que a desuniformidade das plantas acarreta perdas na produtividade dos pomares e na qualidade dos frutos. Pode-se encontrar no mesmo pomar, plantas com crescimento distinto e árvores que produzem frutos em cacho e isolados, assim como tamanho formato e coloração diferentes. Essas diferenças trazem problemas ao produtor pois, as atividades agrícolas tornam-se difíceis, perante a diversidade de respostas que se obtém de matrizes com características genéticas diferentes.
É necessário que os pomares sejam formados a partir de variedades bem definidas , contendo características agronômicas e tecnológicas adequadas.
Tendo consciência da necessidade de instalação de pomares de aceroleiras com germoplasma caracterizado e selecionado, alguns estados do Nordeste vem desenvolvendo pesquisas no sentido de introduzir, caracterizar, selecionar e difundir plantas com qualidades agronômicas e tecnológicas comprovadoras e de interesse comercial.
A variedade ideal de acerola para cultivo em áreas irrigadas do Nordeste, teriam que reunir características consideradas essenciais, com alto nível de produtividade (próximo a 100 kg/planta/ano) e os frutos com coloração vermelha e peso superior a 8 – 10 gramas e teor de vitamina C acima de 2.000 mg/100g de polpa.
Dadas essas características, deve-se buscar a seleção de plantas desprovidas de pêlo urticantes, que podem acarretar sérios problemas à operação de colheita, buscando plantas que produzam frutos mais rígidos e resistentes ao transporte. É necessário que o material selecionado possua resistência ou tolerância a esse fitopatógeno.
As acerolas são classificadas em doces e ácidas. Sendo que as acerolas são mais ricas em ácido ascórbico. Simão (1971) informa que no Havaí foram selecionados os seguintes clones: Grupo doce – 4-43 (Mamoa); 9-68 (Rubi Tropical) e 8E-32 (Rainha do Havaí). No grupo ácido destacam-se: 3B-21 (J. H. Beaumont); 22-40 (C. F. Rehnborg) e 3B-1 (Jumbo Vermelho).
Na Estação Experimental Agrícola da Universidade de Porto Rico, onde se testaram diversas seleções de variedades clonais de acerola, foram recomendadas, para as condições locais, as seleções B-15 e B-17. A seleção B-15 caracteriza-se por ser produtiva e gerar frutos com alto conteúdo de vitamina C. A seleção B-17 produz frutos maiores, fáceis de colher e adequados para comercialização como fruta fresca (Marty e Pennok, 1965). Os trabalhos de seleção realizados na Flórida destacam a variedade Flórida Sweet como resistente a algumas doenças fúngicas (International Board Plant Genetic Resources, 1986)

Variedades doces:

Manoa Sweet: Apresenta copa ereta e estendida. É vigorosa, prolífica e tem tendência a produzir muita ramagem, líder, atingindo até 5m de altura. Seus frutos são de coloração amarelo avermelhada quando completamente maduros. São doces, de bom sabor. É recomendada para plantios caseiros.
Tropical Ruby: O hábito de crescimento lembra a anterior, necessitando de controle para desenvolver tronco único. Não podada, pode atingir 5m de altura. Boa produtora, seus frutos são idênticos aos da Manoa Sweet.
Hawaiian Queen: Seu hábito de crescimento é ereto, esparramado e aberto. Igualmente, deve ser conduzida de maneira a formar tronco único, o que pode ser praticado cem menor esforço que as anteriores.

Variedades ácidas:

J.H.Beaumont: Este clone é compacto, baixo, com ramagens densas e hábitos de crescimento que pode ser facilmente conduzido para formar arbusto de tronco único. Tanto a produção de frutos como a de ácido ascórbico são boas. Fruto grande, com coloração laranja avermelhada quando completamente maduros.
C.F.Rehnborg: A planta é de formação compacta, densamente ramificada, podendo ser facilmente conduzida para formar tronco único. Embora altamente produtiva, comparativamente seu teor em ácido ascórbico é baixo. Apresenta fruto grande com coloração laranja avermelhada, passando a vermelho-escuro quando completamente maduro.
F. Haley: Forma boas árvores para pomares, sendo facilmente conduzida para formar tronco único, e tem hábito de crescimento ereto. Seus ramos são alongados, com ramagem lateral não esparramada. Os frutos, de tamanho médio, têm coloração vermelho-púrpura quando plenamente maduros. Esta variedade adapta-se melhor às áreas mais secas.
Red. Jumbo: Possui tronco único e crescimento compacto; ramagem bem distribuída e hábito de crescimento baixo. Embora seja arbusto baixo, a porcentagem de frutificação é relativamente alta e o fruto grande, pesando 9,3g, em média; é de coloração atrativa, passa do vermelho-cereja para o vermelho-púrpura quando em plena maturação.
Maunawili: Embora não se destaque quanto ao conteúdo de ácido ascórbico, demonstrou superior performance nas áreas bastante chuvosas e seu fácil e manejável crescimento fizeram dela um clone desejável. Desenvolve tronco único e exige pouca ou nenhuma posa; seus ramos são eretos e ao mesmo tempo compactos. As folhas geralmente pequenas e estreitas. Seus frutos são pequenos, vermelho-cereja e até vermelho-púrpura quando bem maduros.

Condições Climáticas Hídricas e Solos
Clima

A acerola ou cereja das Antilhas, é planta rústica, desenvolvendo-se em clima tropical e subtropical, quando adulta (madura) suporta temperaturas de até 0º C.
Segundo Simão (1971) e Almeida e Araújo (1992), a acerola se adapta bem à temperatura média em torno de 26º C.
Durante o período seco e frio a planta permanece estacionária, o que é normal, e quando a temperatura se eleva, a vegetação e o florescimento mantêm-se constantes. Sua frutificação acontece na primavera-verão. A altitude pode ser de 0 nível do mar até 800m ou mais. Por ser de clima tropical e subtropical, com chuvas ou irrigações distribuídas em torno de 1000 a 2000 mm, poderá haver uma grande produção de frutos de maior tamanho. As chuvas excessivas ultrapassando 1600 mm podem ocasionar frutos com menos vitamina C e aquosos.
Para Marty e Pennock (1965), a acerola não exige solos específicos. Os mais indicados são os de média fertilidade e os argilo-arenosos por reterem maior teor de umidade. Entretanto, certos cuidados devem ser tomados, como a fertilização adequada dos terrenos, arenosos e a drenagem das áreas de solos mais pesados onde pode ocorrer salinação e evitando, nos solos mais arenosos as áreas infestadas por nematóides.

Propagação

A aceroleira é uma planta considerada de propagação simples, dado que pode ser multiplicada por vários processos. Ela se propaga facilmente com o emprego de sementes, estaquia e enxertia (Amaral, 1992; Matry e Pennock, 1965; Holmquist, 1966; Bezerra e outros, 1992).
O fato da aceroleira ser uma planta autofértil podem-se obter plantas praticamente idênticas, com a utilização da propagação por meio de sementes (Simão, 1971). Nos plantios em grandes escalas, entretanto, essa modalidade de propagação só deve ser adotada se as sementes provierem de frutos colhidos em áreas formadas com plantas uniformes, portadoras das melhores características produtivas e comerciais, pois desse modo se reduz o risco da geração de matrizes geneticamente indesejáveis.
As mudas a partir de sementes podem ser formadas em canteiros com 15 cm de altura, e 120 cm de largura e comprimento variável em função das características da propriedade. A semeadura pode ser feita em caixa de madeira ou similar, utilizadas como germinador, medindo 15 cm de largura ou em recipiente de polietileno preto com 20 cm de altura e 15 cm de diâmetro. Alguns viveiristas produzem as mudas em recipientes de polietileno de 6 cm de diâmetro e 25 cm de altura, reduzindo assim o custo de produção, devido ao maior número de mudas transportadas por unidade de área.
As sementes devem provir de frutos fisiologicamente maduros, dos quais são extraídas, sendo em seguida lavadas e postas a secar à sombra. A germinação ocorre em geral dentro de 20 a 150 dias; seu índice é de 20 a 30%, em virtude da ocorrência freqüente de abortamento do embrião (Marty e Pennock, 1965). A proteção contra a insolação direta e as regas diárias são práticas indispensáveis ao sucesso na germinação das sementes.
Diversos trabalhos comprovam, por outro lado, a viabilidade da propagação assexuada mediante o enraizamento de estaca. Esse método, assegura maior precocidade na produção, assim como a transmissibilidade das características genéticas da planta propagada. Pomares implantados na região do Submédio São Francisco com mudas propagadas por estaca iniciaram a frutificação entre cinco e doze meses após o plantio no local definitivo.
Embora a multiplicação por estaca seja um método mais difícil e de custo de produção mais elevado, sua adoção é preferível, pois com ele se obtêm, com certeza absoluta, plantas não só uniformes como portadoras de características determinadas. O material propagativo usado na estaquia deve ser coletado a partir de matrizes pré-selecionadas, comprovadamente produtivas e livres de pragas e doenças. As estacas com folhas devem ser túrgidas, e plantadas de imediato, pois comprovou-se na prática um maior percentual de enraizamento.
Pesquisas realizadas por Nascimento (1991) em casa de vegetação, utilizando estacas semilenhosas com folhas, medindo 15 a 20cm de comprimento e 3 a 6mm de diâmetro, coletadas antes da floração e plantadas em substrato de areia, possibilitaram um enraizamento da ordem de 50%, quando se utilizou o ácido indolbutírico em pó na concentração de 6.000ppm. Nos estudos levados a efeito pela Universidade Federal em Areias na Paraíba, nos quais se utilizaram estacas com 20cm de comprimento e diâmetros entre 4 e 8mm, plantadas sem folhas e num substrato de areia, houve o enraizamento de 45% das estacas quando se utilizou o ácido indolbutírico na concentração de 2.400ppm (Alves e outros, 1991).
Bezerra e outros em trabalhos realizados em Goiânia (Pernambuco) com estacas herbáceas coletadas em duas épocas fevereiro e abril - , constataram que o uso dos ácidos indolbutírico e naftalenoacético nas concentrações de 50 e 100ppm, respectivamente não estimulou o enraizamento das estacas. Foi de 87,3% o percentual de enraizamento obtido quando as estacas foram retiradas em abril.
Marty e Pennock (1965) assinalam que na propagação da acerola por meio de estaca, devem-se utilizar as pontas dos ramos vigorosos de plantas jovens. A medida recomendada para a estaca é de 8 a 10 polegadas; no substrato de enraizamento planta-se apenas o seu terço inferior. As estacas, que devem ser tratadas com ácido indolbutírico, são colocadas para enraizar num substrato de areia ou vermiculita e em câmara de nebulização intermitente, de modo a manter a umidade ambiental. Após o período de enraizamento, 50-60 dias, as mudas enraizadas são transplantadas para recipientes individuais com uma altura mínima de 15-20cm.
A propagação da acerola por meio de enxertia, apesar de pouco recomendada, também pode ser utilizada com sucesso (Simão, 1971). Holmquist (1966) relata que, de quatro métodos de enxertia, testados na Universidade Central da Venezuela, o processo de garfagem em fenda cheia possibilitou um pegamento de enxerto da ordem de 86%.
Não obstante a maior rapidez na obtenção da muda de acerola quando se usa a estaquia em lugar da enxertia, o uso deste último método apresenta algumas vantagens comparativas que merecem ser analisadas. As mudas propagadas por enxertia criam um sistema radicular mais vigoroso, o qual explora, conseqüentemente, maior volume de solo. Além disso, a presença da raiz pivotante na muda obtida por enxertia dá maior firmeza à planta no solo, um efeito que deve ser levado em conta, principalmente na implantação de pomares em áreas sujeitas a ventos fortes. Estes, por exemplo, são bastantes freqüentes no segundo semestre do ano nas áreas irrigadas do Nordeste. Ainda que em pequena escala, tem-se observado na região do Submédio São Francisco o tombamento de plantas de acerola multiplicadas por estaca, em conseqüência da ação do vento. Este fato ocorre porque essas plantas, após serem transplantadas para o local definitivo, apresentam um sistema radicular adventício, portanto de localização mais superficial.
Tendo em vista que os estudos sobre enxertia da aceroleira foram levados a efeito na Venezuela, recomenda-se a realização de ensaios experimentais no sentido de se definir o processo de enxertia mais adequado às condições dos ecossistemas brasileiros, principalmente nas áreas de maior incidência de ventos fortes. A EMBRAPA CPATSA (Centro de Pesquisa Agropecuária do Trópico Semi-Árido) está desenvolvendo um ensaio em que considerou três processos de enxertia – garfagem no topo em fendas cheias, garfagem lateral em inglês simples e bolbulhia de placa em janela aberta -, além de dois métodos de produção do porta-enxertos – viveiro e recipientes. Há evidência de que a enxertia de borbulhia de placa em janela aberta será viável, assim como o processo de garfagem no topo em fenda cheia, este quando realizado sob cobertura de tela.
Cumpre acrescentar que as mudas, quer propagadas por estaquia quer por enxertia, devem ser adquiridas de entidades ou produtores credenciados e idôneos. Este aspecto é de primordial importância, pois o sucesso do empreendimento frutícola depende fundamentalmente da qualidade da muda utilizada.

Tratos Culturais

O controle das plantas daninhas é uma prática indispensável. A ocorrência dessas plantas causa uma série de transtornos que prejudicam o crescimento d desenvolvimento das plantas frutíferas sofrendo perdas qualitativas e quantitativas e favorecem no aparecimento de pragas e doenças, tal infestação dificulta a inspeção e manutenção dos sistemas de irrigação, aumentando o custo operacional nas áreas irrigadas por sistema de aspersão móveis. Devemos salientar que além dos transtornos mencionados, tem também as dificuldades na hora da colheita.
O controle das plantas daninhas, tem sido feito por capinas manuais na projeção da copa, deixando o mato para ser rebaixado com roçadeiras ou manualmente com ferramentas apropriadas. Na Zona da Mata (Região Nordeste); tem sido comum esta prática no período de chuva.
O controle das plantas daninhas mediante a aplicação de herbicidas é recomendável nas áreas das empresas agrícolas de médio e grande porte, que podem contar com assistência técnica especializada. Neste caso é preciso o conhecimento minucioso não só da população invasora como do herbicida a ser aplicado. Há necessidade de estudos nessa área, envolvendo a aceroleira, de modo a evitar efeitos tóxicos à planta e na contaminação dos frutos a serem exportados, ou comercializados no mercado interno.

Podas de Formação e Corretivas

As podas na cultura da acerola são fundamentais, em regiões tropicais a planta chega até 9 safras/ano, com colheitas diárias. Podas de formação, limpeza e drásticas bem executadas facilitarão os tratos culturais e na colheita.
Após o pegamento da muda no local definido, serão necessárias podas de formação para conduzi-las em haste única até a altura de 30-40 cm do solo. Esta haste após podada a gema apical, deverá ficar entre 50 a 60 cm de altura, sendo com isto estimulada a brotação das gemas laterais. Estas gemas originarão ramos laterais dos quais serão escolhidos 3 ou 4 ramos eqüidistantes, com alturas diferentes na metade superior da haste permitindo simetria e equilíbrio físico entre os ramos.
Também é importante podas corretivas a fim de eliminar as brotações que surgem nos três ou quatro ramos principais, especialmente os que se dirigem para o solo. Esta poda é para evitar que os ramos cubram o solo na área da projeção da copa e atrapalhe na prática de cultura – irrigação, adubação e cobertura morta.
É necessário eliminar as brotações nas pernadas ou ramos principais até dez centímetros a partir do tronco, inclusive as que se voltam para o interior da copa a fim de que fique mais aberta no centro e arejada. Marty e Pennock (1965) ressaltam que isso permitirá maior penetração de luz solar no dossel vegetal, atingindo ramos e folhas no seu interior.
A poda de ramos indesejáveis deve ser feita assim que necessária para evitar que a planta gaste energia com ramos que mais tarde terão que ser podados. Se feito isto tardiamente, poderá determinar a formação de uma copa defeituosa.
A poda drástica tem sido executada uma vez ao ano, quando a planta já adulta, encontra-se em repouso vegetativo, o que acontece no período de chuva no Norte/Nordeste ou no inverno para outras regiões.
Essa poda é feita visando reduzir a altura da copa em 1,5 a 2,0m, cortando os galhos mais vigorosos e mal localizados, facilitando a operação de colheitas que se concentram na primavera e verão.
A poda corretiva deverá ser feita após cada ciclo fenológico de produção ou quando necessária, de modo a manter as plantas na altura padrão do pomar. Não se recomenda as podas destinadas a estimular a frutificação, pois ainda carece de estudos, e pesquisas antes que tal prática possa ser implementada em pomares orientados para a produção comercial.
É de forma generalizada, que as aceroleiras com maior volume de copa são mais produtivas. Daí a necessidade de agir com cautela no que concerne às podas de frutificação, pois geralmente diminuem o volume da copa da planta o que em algumas espécies prejudicam a produção.
A poda de limpeza é feita durante toda a vida útil das aceroleiras e torna indispensável a manutenção da conformação desejada. Devendo ser feita quando a planta estiver se flores e frutos, sempre que necessário.

Irrigação

A irrigação na cultura da acerola tem sido usada especialmente em regiões com problemas de insuficiência e/ou má distribuição de chuvas (abaixo de 1.600mm anuais). Á medida que se reduz a disponibilidade de água, diminui o crescimento do sistema radicular e da parte aérea da planta, porém a água em excesso provoca diminuição da qualidade do fruto, reduzindo os teores de vitamina C. o uso da irrigação de forma racional permiti no mínimo a duplicação da produção e o aumento no número de safras.
Segundo Scaloppi (1986), a escolha dos sistemas de rega depende de uma série de fatores técnicos, econômicos e culturais com as condições específicas da propriedade: 1) recursos hídricos (potencial hídrico, situação topográfica, qualidade e custo da água); 2) topografia; 3) solos (características morfológicas, retenção hídrica, infiltração, características químicas e variabilidade espacial); 4) clima (precipitação, ventos e evapotranspiração potencial); 5) culturas (sistema e densidade de plantio, profundidade efetiva do sistema radicular, altura das plantas exigências agronômicas e valor econômico); 6) aspectos econômicos (custos iniciais, operacionais e de manutenção); 7) fatores humanos (nível educacional, poder aquisitivo, tradição, etc.).
Os tipos de irrigação mais utilizados são: aspersão convencional, microaspersão, gotejamento, e por tubos perfurados (Xique-xique), por sulco de infiltração com bacias de captação na projeção da copa e irrigação por mangueira no mesmo estilo.
Os sistemas de irrigação por sulcos e gotejamento são indicados para solos argilo-arenosos; já os sistemas de aspersão e microaspersão se prestam melhor aos solos arenosos e areno-argilosos.

Cultura intercalar

O plantio de culturas intercalares é viável em pomares de aceroleiras voltadas a exportação, embora esta prática esteja sujeita a algumas restrições. A principal delas diz respeito ao método de irrigação utilizado: a consorciação só é possível quando se adota a irrigação por aspersão ou se for feita no período de chuvas. Nesta época ela pode tornar-se pouco atraente, devido à irregularidade temporal e espacial das precipitações, tal como ocorre, na região Nordeste. O plantio intercalado de aceroleira com outras fruteiras – Principalmente a mangueira – apesar de já ter sido praticado em áreas irrigadas n Nordeste, requer maiores conhecimentos técnicos.
Embora não apresente maiores problemas nos primeiros anos de cultivo, o consórcio entre aceroleiras e mangueiras, pode tornar-se bastante difícil, principalmente depois que as mangueiras iniciam a produção econômica ou quando as copas das fruteiras consorciadas começam a se interceptar. Sérias dificuldades se fazem sentir na tentativa de compatibilizar a irrigação, a adubação e as pulverizações. Estas práticas são especificas de cada cultura e devem ser executadas em épocas predeterminadas, então vai haver uma hora que o produtor terá de eliminar a cultura secundária, para não prejudicar a produtividade da fruteira consorciada considerada principal.
Outro fator que define a espécie da cultura a ser consorciada com a acerola é o sistema de irrigação adotado. Nas irrigações por sulco ou aspersão, as limitações restringem-se apenas às espécies de cultura passíveis de consorciação. Se a irrigação é a localizada, a intercalação de culturas, só pode ser feita entre plantas ao longo da fileira. Porem se o produtor dispuser a movimentar as linhas laterais dos sistemas de irrigação localizada – gotejamento, microaspersão, tubos perfurados, será possível intercalar outras culturas entre as fileiras de aceroleiras.
O alto padrão de qualidade exigida pelo mercado importador de frutas frescas, não é aconselhável a prática da consorciação, já que o produtor de acerola para exportação deve dispensar atenção máxima à obtenção de frutas que atendam aos padrões internacionais de qualidade. Caso isso não aconteça esse produtor terá dificuldades de competir num mercado cada vez mais exigente. Porém, a consorciação deverá ser incentivada durante a fase de formação do pomar de acerola, como uma forma de amortizar ou agilizar o retorno dos investimentos realizados, e a adoção desse sistema poderá ser útil principalmente em pequenas áreas, associando-se a aceroleira com culturas de ciclo curto e tendo em vista, o incremento da renda e da remuneração do fruticultor, bem como o aproveitamento da mão-de-obra familiar.

Nutrição, Adubação e Calagem

Apesar de o cultivo da aceroleira envolver uma planta rústica facilmente adaptável aos mais variados tipos de solo, requer manejo correto quanto à adubação e nutrição das plantas, principalmente nos pomares orientados para a exportação.
A fertilização é de suma importância em termos percentuais, para o aumento da produtividade. Segundo Lopes e Guilherme (1990), se feita uma aplicação correta o retorno de investimentos realizados reflete-se no aumento da produção por unidade de nutriente aplicado. A ineficiência de fertilizantes significa baixa produtividade e baixo lucro, resultado que pode inviabilizar o retorno dos investimentos.
Para a exportação o manejo racional, dos fertilizantes é fundamentalmente necessário, estas técnicas de manejo básico e essencial, estão a seguir:
a) – Análise de solo – É um excelente meio de se diagnosticar, com maior precisão, o fertilizante e a quantidade a ser aplicada.
b) – Análise foliar – Tornou-se um importante recurso para a diagnose de problemas nutricionais, principalmente em culturas perenes. Se associada à análise de solo proporciona orientação segura no manejo dos nutrientes ao longo do ciclo fenológico da cultura.
c) – Testes de tecidos – Os testes rápidos ou testes de tecidos são muito conhecidos nos Estados Unidos e Europa. No Brasil o seu uso ainda é muito limitado. São utilizados na avaliação nutricional das plantas, sobretudo no que diz respeito a nitrogênio, fósforo e potássio. Feitos no campo, dão uma idéia imediata da situação nutricional do pomar.
d) – Observação dos sintomas de deficiência de nutrientes – Permite a identificação visual da deficiência de nutrientes em plantas, com vistas ao diagnóstico e à previsão dos problemas do pomar.
e) – Conhecimento dos fatores que afetam a disponibilidade de nutrientes – É fundamental para a tomada de decisões a cerca da aplicação de micronutrientes. Esses fatores, entre outros, o nível do pH do solo e a presença do alumínio em níveis tóxicos.

Lopes e Guilherme (1990) assinalam que o histórico da área a ser cultivada é de grande valia na otimização ou maximização do uso e eficiência dos fertilizantes.
No Brasil, há pouca informação disponível a respeito da adubação e nutrição nas condições edafoclimáticas das áreas irrigadas do Nordeste.
Estudos desenvolvidos em Porto Rico, Cibes e Samuels (1955) assinalaram os principais problemas e sintomas de deficiência nutricional na aceroleira cultivada em solução nutritiva:
1 – A eliminação do nitrogênio da solução nutritiva foi o fator que mais deteve o crescimento e a produção das plantas.
2 – A deficiência de fósforo, boro, enxofre e ferro não tiveram efeito tão nocivo sobre o crescimento das plantas quanto o produzido pela carência de nitrogênio, porem diminuiu drasticamente a produção de frutos.
3 – A deficiência de magnésio e manganês produziu efeito pouco significativo sobre o crescimento e a produção das aceroleiras.
4 – A falta de potássio diminuiu o diâmetro dos ramos e o tamanho dos frutos.
5 – A deficiência de cálcio retardou de modo significativo o crescimento das plantas.
6 – Os índices mais altos de nitrogênio foram encontrados em folhas de árvores deficientes em enxofre e ferro.
7 – As plantas deficientes em nitrogênio apresentaram alta concentração de fósforo nas folhas.
8 – As árvores deficientes em fósforo não apresentaram sintoma algum dessa carência.
9 – Os menores níveis de ferro foram observados nas folhas de plantas deficientes em cálcio.
10 – Os sintomas mais sérios de deficiência de nitrogênio provocaram o amarelecimento total e a queda das folhas.

Silva e Junior e outros (1988), citados por Alves (1992), observaram que o nitrogênio e o potássio são os elementos extraídos em maior quantidade pelos frutos.
Marty e Pennock (1965) ressaltam a conveniência de suprir fartamente a aceroleira de elementos maiores, principalmente o nitrogênio, sugerindo a aplicação da fórmula 14-4-10, duas vezes por ano na quantidade de 160kg/ha, nos dois primeiros anos da implantação do pomar.
Os adubos devem ser distribuídos em circulo sobre a superfície do terreno, na projeção da copa.
Simão (1971) indica a fórmula 8-8-15 a base de 500g/planta até a idade de quatro anos. Para as plantas adultas, recomenda a mesma fórmula, usando porém 1,5 a 2,5kg/planta em duas aplicações.
Simão (1971) recomenda ainda que até o início da frutificação a planta seja adubada anualmente com esta mistura: 400 gramas de superfosfato de cálcio e 200 gramas de cloreto de potássio. Iniciada a frutificação, recomenda a aplicação da seguinte fórmula: 660 1.000 gramas de sulfato de amônio ou nitrocálcio; 600 a 900 gramas de superfosfato de cálcio e 375 a 500 gramas de cloreto de potássio. Esta adubação que é indicada para áreas dependentes de chuvas, deve ser dividida em duas doses iguais, uma aplicada no início do período chuvoso e a outra no fim desse período, em faixa circular distante entre 20 e 40cm do tronco ou na projeção da copa.
Para as áreas irrigadas do submédio São Francisco, recomenda-se aplicar em fundação (cova) 400-500 gramas de superfosfato simples; 300-400 gramas de cloreto de potássio e 20 litros no mínimo de esterco bem curtido. Durante o primeiro ano recomenda-se a adubação mensal em cobertura e na projeção da copa 30-40 gramas de uréia e 30-40 gramas de sulfato de potássio por planta, adicionando-se a cada seis meses também em cobertura, 20 litros de esterco bem curtido.
As adubações regionalizadas ou generalizadas nem sempre devem ser adotadas indiscriminadamente, sobretudo se não estiverem acompanhadas de uma caracterização detalhada do solo, do manejo e do estádio de desenvolvimento da cultura.
Na adubação orgânica, apesar das poucas experiências realizadas, seu uso é recomendável principalmente por ocasião do plantio e, depois, duas vezes por ano em cobertura sob a projeção da copa. Deve ser incentivado nos solos arenosos da região semi-árida do Nordeste, em virtude da sua pobreza em matéria orgânica e pela proteção que essa adubação oferece contra a insolação direta e a conseqüente evaporação.
A análise química do solo deve ser feita pelo menos a cada dois anos, para que se possa avaliar a necessidade não só da aplicação, de corretivos, como da adequação dos níveis de cálcio e magnésio.
A calagem é recomendada com base no teor de alumínio trocável ou em função dos níveis de cálcio e magnésio no complexo sortivo do solo. Também poderá basear-se no teor de matéria orgânica presente no solo.
Estudos realizados por Hernandez-Medina e outros(1970) relatam que a aceroleira apresentou um sistema radicular mais vigoroso nos solos com pH na faixa de 5,5 a 6,5. As árvores cresceram com maior vigor, apresentaram uma folhagem verde-escuro e propiciaram, maior produtividade. Nos pomares de acerola orientados para a exportação, a calagem constitui-se pois, numa prática indispensável, com vistas à correção do pH do solo, para situá-lo na faixa que melhor atenda às exigências da cultura. Hernandez, (1970) ainda ressalta que a aplicação de calcário aumenta a produtividade i o conteúdo de ácido ascórbico da fruta.
O sucesso da calagem dependerá, das características do corretivo, bem como da dosagem e do método de aplicação do produto.
É indispensável que o produtor dispense cuidados especiais à adubação e à correção do solo, para que possa conseguir na sua atividade frutícola uma relação custo/benefício eficiente.

Pragas

Pulgão (Aphis spiraecola)

Estes insetos destacam-se na estação seca. Atacam geralmente a extremidade tenra dos ramos -a sua preferida- após um surto de crescimento.
Os pulgões podem causar sérios prejuízos à planta. Ao sugarem a parte final dos ramos, provocam seu murchamento e morte, o que força a planta a gerar brotos laterais. É comum o pulgão atacar flores e frutos em formação, prejudicando a produtividade geral da cultura.



Bicudo (Anthomonus flavus Boheman)

Este inseto faz a sua oviposição no ovário das flores e nos frutos em desenvolvimento, que serve como alimento a eles (Marty e Pennock, 1965). Quase sempre os frutos atacados pelo bicudo se deformam. Marty e Pennock sugerem três medidas básicas:
1. Pulverizar com paration na época do florescimento repetindo dez dias após.
2. Recolher e enterrar todos os frutos caídos no chão.
3. Eliminar as outras espécies do gênero Malpighia existentes próximas ao pomar.

Nematóides

De todas as pragas que atacam a aceroleira, o nematóide é a de maior importância econômica. (Internacional Board. Plant Genetic Resources, 1986). A aceroleira é muito sensível ao ataque dessa praga. Estes parasitos atacam as raízes, induzindo-as a formação de galhas (Marty e Pennock, 1965). As plantas ficam enfraquecidas e se desenvolvem menos na parte aérea e nas raízes que encurtam e engrossam. A infecção das raízes Choud hury e Choud hury (1992), atrapalha na absorção da água e nutrientes do solo, e isso se reflete no crescimento da copa da planta.
A acerola é realmente suscetível aos nematóides segundo Ferraz e outros, porém é resistente a Pratylenchus brachyurus e a Meloidogine graminicola , Radpholus similis , Rolytenchus reniformis e Tylenchulus semipenetrans. Pomares no município de Mossoró, Rio Grande do Norte, apresentaram baixo desempenho em virtude da quebra do ritmo do crescimento e produção das plantas, em conseqüência do ataque do Meloidogyne arenaria e Meloidogyne incognita já mencionados.
Choud hury e Coud hury, 1992, recomendam aos fruticultores seguintes medidas para diminuir a população desses nimatóides.
1. Obter mudas sadias, produzidas em solos não infetados por fitonematóides.
2. Utilizar leguminosas como Crotalaria spectabilis e Crotalaria paulinea para posterior incorporação no solo.

Outras pragas

Poderá ocorrer o ataque de cochonilhas e cigarrinhas não identificados más de controle simples, com pulverizações para o seu combate.
Simão (1971) informa que em algumas épocas do ano a mosca-da-fruta, Ceratitis capitata, causa prejuízos aos frutos da acerola. Simão recomenda o uso de paration ou óleo mineral para o controle das cochonilhas de enxofre para os ácaros, e de produtos à base de fenthion como isca ou pulverização contra a mosca-das-frutas.

Doenças

O desmatamento para a implantação da aceroleira implicou na quebra do equilíbrio biológico, como conseqüência, o surgimento de enfermidades até então não relatadas para a cultura da acerola em outros paises produtores.
Marino Neto (1986) e Marty e Pennock (1965) relatam a ocorrência da cercospora (leaf spot) ou mancha-das-folhas como sendo o maior problema da cultura da acerola no Havaí.
O fungo Cercospora bunchosiae , aparentemente só ataca as folhas da acerola em alta precipitação e alta umidade relativa do ar. Essa doença pode causar sérios danos e se caracteriza pela presença de pontuações necróticas medindo 1 a 5mm de diâmetro, arredondados ou irregulares, que amarelecem e caem. Segundo Melendez (1963), nesse caso pode dar-se a desfolhação total da planta.
Marino Neto (1986) informa que os clones ou variedades de frutas mais doces são dotados de grandes resistência a cercosporiose e as ácidas apresentam diferentes graus de tolerância. Para esse autor, os produtos químicos à base de cobre na sua formulação controlam essa doença.
Nas áreas irrigadas do semi-árido nordestino, a cultura da acerola ainda não apresentou nenhum problema fitossanitário associado a doenças. Tampouco nos pomares da região do Submédio São Francisco e de outras áreas irrigadas do Nordeste a presença da cercosporiose. É possível que em climas com baixa umidade relativa do ar, esse problema fitossanitário não aconteça, pelo menos a curto ou médio prazo.
Há duas doenças, que poderão eventualmente atacar os pomares de aceroleira. A verrugose e a antracnose.

Antracnose Constitui-se de uma enfermidade da acerola no Brasil, podendo afetar tanto em mudas quanto em plantas adultas, os sintomas da antracnose são, manchas esbranquiçadas, com estreito marrom circundando a área necrosada. Nos frutos infectam e causam manchas pequenas, enegrecidas, as quais podem coalescer aumentando a área necrosada.
Os frutos atacados não se prestam para a exportação se tornando em prejuízos aos produtores.
No Brasil não existem defensivos agrícolas para a acerola, mas em pesquisas em desenvolvimento pela EMBRAPA/CNPAT mostram que o fungo pode ser controlado através de pulverizações preventivas com oxicloreto de cobre e pulverizações curativas com benomil ou tiofanato metílico + chlorotalonil.

Verrugose De constatação recente no Brasil, foi identificada pela primeira vez no Estado do Pará (Trindade et alli,1993). Recentemente em Lucena, no litoral da Paraíba. Essa enfermidade se caracteriza por rugosidade nas folhas, principalmente na superfície superior, as vezes com nervura das folhas. Em infecções severas as folhas apresentam limbo retorcido. Os prejuízos mais notórios são notados nos frutos. A rugosidade decorrente da infecção afetam o desenvolvimento normal dos frutos, provocando distorções e atrofiamento, podendo não atingir a maturidade ou terem aspectos externos comprometido. O agente causal da Verrugose é o fungo Sphaceloma sp. Desconhecem-se, até o presente, medidas eficientes para o controle do patógeno sobre a acerola. A doença foi inicialmente encontrada no Havaí.

Produção e produtividade

A planta oriunda de sementes ou estacas, começam a produzir cedo, ou seja, 2 a 2,5 ou 1,5 anos após o plantio.e frutifica três a quatro vezes ao ano. Em Porto Rico tem-se reportado até sete picos de produção (Simão, 1971). No entanto, em algumas regiões do Nordeste brasileiro, com alta disponibilidade de luz e temperatura e sob irrigação, as plantas advindas de sementes ou estacas tem começado a frutificar em menos de um ano e produzindo praticamente o ano inteiro.
No que se refere ao rendimento alcançado por planta e por hectare, pode-se dizer que este apresenta grandes diferenças entre as áreas cultivadas, dependendo principalmente da variedade ou clone explorado, dos tratos culturais adotados e do manejo da irrigação, entre outros fatores.
É importante salientar que o potencial genético das plantas, ateado às condições edafoclimáticas da região, poderá influir fortemente na produção e produtividade da aceroleira. Plantas conduzidas em áreas de sequeiro em regime de dependência das chuvas, com precipitação anual média em torno de 1.480mm, apresentaram produções entre 2,01 e 27,11kg, com quatro safras ao ano (Batista e outros, 1989).
Registrou-se no campo experimental de Bebedouro, em Petrolina – PE, a colheita de 17Kg/planta em matrizes que iniciaram a produção cerca de cinco meses após o plantio definitivo e num ciclo fenológico de produção de apenas seis meses – junho a dezembro.
É importante frisar que, no caso dos pomares de aceroleira orientados para a exportação a importância do fator quantidade, o peso total dos frutos produzidos é apenas relativa. O produtor de acerola – para consumo in natura ou produção de suco – que estiver interessado em abastecer os grandes centros consumidores interno e o mercado externo, deverá estabelecer, sua meta de produção e um programa rígido e sistemático de controle de qualidade dos frutos produzidos pra que possa conquistar e permanecer num mercado externo altamente exigente e competitivo, é importante que o produtor implante em seu pomar uma plantação de aceroleiras com maior conteúdo possível de ácido ascórbico.

Colheita e manejo da fruta

A colheita dos frutos da aceroleira destinados ao consumo in natura ou de sucos para fins de exportação deve ser feita de maneira criteriosa, pões o sucesso na comercialização do produto. Por isso os frutos devem ser colhidos, sempre nas horas de temperatura mais amena.
Os colhedores devem ser treinados e conscientizados da importância de evitar que as acerolas sofram pancadas ou danos mecânicos, uma vez machucados ou lesionados terão o processo de deterioração acelerado.
O fator determinante do ponto de colheita é o destino que se pretende dar aos frutos. No caso de congelamento ou processamento, os frutos deverão ser colhidos com coloração vermelho intensa, mas ainda firmes para suportar o manuseio. Neste estádio o fruto apresenta elevado teor de açúcar, baixa acidez e menos teor de vitamina C, entretanto ainda supera cerca de 20 a 30 vezes os frutos cítricos tidos como ricos em vitaminas C.
Os frutos podem ser colhidos no inicio da maturação (verde, verde amarelado ou até o início da pigmentação vermelha) quando se destina a fabricação de produtos em pó, cápsulas, concentrados para o enriquecimento de outros alimentos; deve ser efetuada duas a três vezes por semana, ou diariamente, dependendo do pique de produção, para evitar que caiam depois de determinado ponto de maturação.
As acerolas destinadas a mercados consumidores distantes devem ser colhidas “de vez”, já as vendidas aos mercados locais e indústrias processadoras devem ser colhidas maduras.
Os frutos, principalmente maduros, devem ser acondicionados nas caixas de colheita em poucas camadas, pois o peso das camadas superiores pode provocar o rompimento da casca dos frutos colocados em posição inferior. Deve-se utilizar caixa de PVC de tamanho pequeno, que permitam coluna de frutos até 15cm. No caso de utilizar caixas de PVC tradicionais, preferir as com aberturas laterais ou então protegê-las com plástico esponjoso para evitar injúrias mecânicas no transporte e fissuras provocadas pela grade da caixa.
A operação colheita é, sem dúvida, uma das mais delicadas e de maior custo no cultivo de acerola. No auge da safra e em pomares quase ou já em produção plena, uma pessoa colhe cerca de 40 a 50 kg/fruta/dia.
A lavagem dos frutos deve ser feita em esteiras rolantes adequadas para o uso de jatos d’água fria sobre os frutos.
Seu congelamento deverá ser após a seleção e lavagem, levados para câmara ou túnel de congelamento em recipientes que permitem a passagem uniforme de fluxo de ar frio pelos frutos. O congelamento deve ser realizado no menor espaço de tempo possível. No processo de congelamento lento ocorrem alterações físicas muito drásticas no produto, principalmente formação de cristais de gelo, que podem perfurar as células, liberando enzimas responsáveis pela degradação dos principais constituintes (açúcares, vitaminas, entre outros) e provocam alterações indesejáveis na cor (amarelecimento).
A conservação dos frutos dura algum tempo quando armazenados em recipientes hermeticamente fechados e em temperaturas de refrigeração de 7ºC.
Mustard, procurando conhecer a perda de vitamina C da acerola durante a transformação em geléia, verificou que, após o cozimento, o suco conserva alto teor de vitaminas. Esse ponto é importante pois segundo o autor em geral o cozimento tende a destruir a vitamina C, no caso da acerola o teor se manteve.
Santini, também procurando conhecer a perda do teor vitamínico durante a transformação dos frutos, chegou a conclusão de que o ácido ascórbico pode ser mantido quase integralmente, desde que o suco seja pasteurizado e enlatado imediatamente. Verificou que se mantido à temperatura de 7ºC, por doze meses, a perda de teor de ácido ascórbico é de apenas 18%.
No congelamento assim como na refrigeração, utiliza a diminuição da temperatura para prolongar o período de conservação dos frutos, porém devido a baixa temperatura, ocorre a formação de cristais de gelo nos tecidos, implicando na paralisação, quase por completo e irreversível, de toda a atividade metabólica e na morte da célula seja por congelamento lento ou rápido. Quando o congelamento é lento seguido de descongelamento apresenta uma desestruturação a polpa, permitindo sua utilização apenas em industrias de processamento. Quando se utiliza o congelamento, o tempo de armazenamento se prolonga consideravelmente, viabilizando inclusive a exportação para os paises mais distantes.

Custo de produção e receita estimada

Os custos de implantação, manutenção e produção de um pomar de aceroleira variam evidentemente, conforme o local em que ele seta instalado, a finalidade da produção e as práticas culturais adotadas.
Dadas as perspectivas e a viabilidade econômica do cultivo da aceroleira nas áreas irrigadas do Nordeste, na Tabela são apresentados os principais coeficientes técnicos da produção dessa cultura na região do Submédio São Francisco. É importante assinalar que essa planilha deverá ser ajustada, no caso da instalação de pomares de aceroleira para fins de exportação em agro ecossistemas diferentes, ou em função de novos conhecimentos gerados.
Na falta de informações sistematizadas sobre os preços praticados nos mercados importadores, estimou-se uma receita bruta a partir do preço que a indústria local paga por frutos de primeira qualidade.
Considerando a possibilidade de que um pomar de aceroleira sob condições irrigadas atinha, após o segundo ano, níveis de produtividade de 18t/ha/ano e que o preço praticado seja de US$0,60/kg da fruta, estima-se uma renda bruta em torno de US$10.800ha/ano, ao preço da primeira quinzena de junho de 1993. Calculando ainda que a produtividade potencial de um pomar após sua estabilização, seja da ordem de 100kg fruta/planta/ano, equivalentes no espaçamento de 4,0 x 4,0m a 62t/ha/ano, um nível perfeitamente atingível pelas aceroleiras, e admitindo a mesma remuneração de US$0,60/kg/fruta ao preço da primeira quinzena de junho de 1993, estima-se uma receita bruta de aproximadamente US$37.000ha/ano.
O custo operacional de produção, a partir do quarto ano, segundo a CODEVASP citado por Viglio (1993), situam-se em torno de US$1.977/ha, não incluindo os custos da infra-estrutura de irrigação.

Fonte:fruticultura.iciag.ufu.br

Compostagem é alternativa de adubo



A maioria dos plásticos, papelões, metal, vidro, entre outros podem ser reaproveitados através da reciclagem. Já o material orgânico pode ter aplicações variadas, desde na geração de energia até na produção de compostagem para fertilizar os solos na agricultura. A Marquise executa em Cuiabá (MT) uma experiência praticada por trabalhadores cooperados que produzem composto a partir do lixo orgânico.

A compostagem como agente econômico de geração de emprego, renda e inclusão social, além da redução do lixo urbano, traz benefícios econômicos e sociais. É o que vem constatando a experiência implantada pela Prefeitura de Cuiabá (MT) com a execução da Marquise.

Lá, toda a coleta de resíduos urbanos vai para o aterro, onde existe uma cooperativa que realiza o trabalho de compostagem, ou seja, separa e transforma o “lixo” em material orgânico utilizável na agricultura. Através de um convênio de inclusão social, entre a cooperativa e a Prefeitura de Cuiabá, as pessoas foram qualificadas para o trabalho e hoje conseguem gerar renda a partir do que é considerado para muitos como “lixo”.

“Hoje, dos resíduos gerados em nossas residências, cerca de 60% são orgânicos e 40%, inorgânicos. Desse inorgânico, a maioria pode ser reaproveitada. São plásticos, papelões, metal, vidro, entre outros, que podem ser reutilizados após um processo de reciclagem. Já os resíduos orgânicos poderiam estar até gerando energia”, destaca o diretor de operações da Marquise, em Fortaleza, Hugo Nery dos Santos.

Na Capital cearense, a produção de resíduo urbano chega a 70 mil toneladas mensais, com os mesmos percentuais de orgânicos (60%) e inorgânicos (40%) — deste material, segundo Nery, o descarte de boa parte poderia ser evitado na origem.

Ele conta que já existe projeto em São Paulo que gera energia a partir da decomposição de resíduos orgânicos. O Unibanco está comprando toda a energia gerada pelo projeto a partir da decomposição de resíduos orgânicos, e utilizando no funcionamento das agências.

Para Nery, o ideal seria que houvesse a separação entre o lixo úmido e o lixo seco, ou seja, as pilhas, papéis, plásticos separados dos restos de alimentos. “Assim, se evitaria elementos de impurezas que acabam trazendo danos à qualidade do adubo que pode ser gerado a partir do lixo inorgânico”.

Segundo Hugo Nery, o Brasil gera 200 mil toneladas de resíduos urbanos por dia. Desses resíduos, só cerca de 3% estão sendo reaproveitados de alguma maneira. Desse total de resíduos gerados, 30 a 40 mil toneladas poderiam ter reaproveitamento de 90%, e somente cerca de 60 mil toneladas estariam indo para o aterro”.

Ele lembra que a modernidade e o avanço tecnológico — com o advento das garrafas plásticas e das inúmeras embalagens — modificaram a cultura de geração de lixo pelos cidadãos. “A facilidade acabou gerando mais resíduos e não vemos, socialmente, o custo alto desse dano ambiental”.

Para a diminuição do lixo, Hugo Nery propõe reflexões que passam por mudanças de comportamento a partir do gerador de resíduos — o cidadão em sua própria residência. Antes de se desfazer de algum material é preciso pensar, primeiro, se ele pode ser reutilizado, depois se pode ser reciclado e, por último, qual a melhor destinação final.

CONCEITO — A compostagem é o processo de transformação de materiais como palha, estrume e restos de alimento em materiais orgânicos utilizáveis na agricultura. Este processo envolve transformações complexas de natureza bioquímica, promovidas por milhões de microorganismos do solo que têm na matéria orgânica “in natura” sua fonte de energia, nutrientes minerais e carbono.

Data Edição: 02/12/04
Fonte: Diário do Nordeste